. O meu olhar é a porta do mundo e esta luz é crua de mais.
Estas coisas que me incomodam podem fazer parte da nossa vida.
Pode ser para sempre, sabes?
. Pára, retoma, continua, saboreia: na conversa as palavras fazem um eco admiravelmente belo. Experimente-se totalmente.
Sem teclas, a conversa tem textura, feitio, cor.
Acompanhe-se com os olhos e sirva-se a qualquer hora do dia ou da noite.
. Oferece-me flores vermelhas e palavras sem eco, picantes poesias e canções gulosas – é que a vida também se come e a vida tem sempre razão.
. As férias da Sofia vão todas para a ilha grega dos que acampam sem esperança, sem migalhas, sem rumo. Aí organiza roupas, conta histórias, embala bebés, canta em português, ensina inglês e sorri sem saber como.
– Oh… Não tem mais nada para fazer?
. Gente que trabalha como quem trapaça cartas escondidas na manga – sintam-se muito bem-vindos ao brilhante e garrido esgoto das trafulhices, incúrias, falcatruas, incompetências, desmazelos, imitações e cópias rascas. Dá cá mais cinco!
Teresa Carreiro